Ensaio documental de família – Juliane e Diego – Curitiba

Durante esses anos de envolvimento com a fotografia, sempre busquei registrar a espontaneidade. Os momentos que merecem ser fotografados não precisam sublinhar sua beleza, ou congelá-la com poses para a câmera. Eu penso que no ensaio documental, o foco não está necessariamente na celebração e nos eventos, mas, sim, na captura de momentos especiais e inesperados, que retratam os nossos momentos íntimos e banais, como dormir, falar ao telefone, viajar de carro, preparar o café da manhã, ir ao mercado e voltar do trabalho. É essa referência da espontaneidade da vida doméstica que eu pretendo mostrar com os ensaios documentais: que a nossa vida, correndo à sua própria maneira, pode ser registrada com enorme beleza. E não pense que só vale ser documentada a rotina exótica dos habitantes daquelas palafitas em Bora Bora, ou as aventuras cotidianas do pintor contemporâneo que está dominando Nova York; a vida que vivemos entre mercadoramas e biarticulados também surpreende e emociona.

Obrigada Juliane e Diego por me deixarem ser parte da vida de vocês. Esse dia foi muito especial.

 

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8 Comentários
  • Em família vivemos a experiência de ter um “estranho” em nossa casa, registrando em cliques rápidos um dia inteiro de nossa vida. No começo me senti como personagem de um daqueles documentários de natureza. Depois tornou-se um compartilhamento voluntário de pequenas porções de vida. E agora considero um enorme privilégio! Rever o meu cotidiano nos olhos de outro foi uma experiência sublime. Cada momento, que de tão comum tornou-se banal, foi renovado de cores e texturas. A delicadeza poética do ensaio documental da Mariana Alves foi um doce presente.

    2 de abril de 2015 em 01:06
  • Parabéns à fotografa, que conseguiu captar momentos incrivelmente simples e emocionantes e que passam desapercebidos aos nossos olhos; mas não à lente de sua câmera. Mais uma vez, parabéns por revelar a emoção de um dia comum.

    2 de abril de 2015 em 15:04
  • Trabalho belíssimo!

    2 de abril de 2015 em 16:58
  • Que trabalho tanto lindo, Mari! Adoro essa câmera de afetos e a possibilidade de nos aproximar, pelo menos um pouco, da intimidade de uma família “comum”. “Comum” quero dizer como a nossa, como a que desejamos para nós. Que bom qu enum mundo tão em crise, ainda se possa ver as coisas boas da vida. beijo grande, Milla

    7 de abril de 2015 em 19:27

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